Quanto entra na sua carteira e sai dela?

Quanto entra na sua carteira e sai dela?

 Olá pessoal! Tudo bem com vocês? Estou aqui, iniciando um novo desafio: contar sobre meu cotidiano, minhas vivências e também, aprendizados junto aos empresários da Reparação Automotiva. Eu amo o segmento e o meu propósito profissional e espero corresponder às suas expectativas; então, vamos ao conteúdo?!

Iniciamos mais um ano, nos enchemos de motivos para acreditar que será um “belo” ano. Economia dando sinais positivos, segmento aquecido, cheio de oportunidades e desafios para o futuro... Novas tecnologias, novos carros, novos equipamentos, novos conhecimentos e novos hábitos?! Que tal novos hábitos? Vamos substituir o “este ano vai ser melhor” por “este ano EU vou ser melhor”? Bem, se você continuou lendo este artigo, talvez você tenha ficado curioso, ou lembrado de um parente ou até de um amigo bem próximo. Você que continua aqui, que me conhece, convive comigo ou me acompanha nas redes sociais, antes de pensar que escrevi este baseado em você, quero te lembrar que 90% das empresas brasileiras são familiares e que quase todas vivenciam o que vou relatar. Mas o que eu quero mesmo, é um minutinho da sua atenção e reflexão...

Inúmeras vezes, quando sou indicada ou contatada para um trabalho de consultoria econômica e financeira, questiono qual é a real necessidade do empresário. Bem freqüentemente é para tratar a dor: “minha oficina não dá lucro”. Então, iniciamos a etapa de levantamento e análise de dados. Certamente terei retrabalho: o valor de retirada do empresário estará errado e teremos que conferir, pois, o “eu não retiro todo este valor, pego só o que preciso” é regra neste momento. Aqui tenho que te lembrar, o que você já sabe: a água da casa, energia elétrica, a conta do gás, a mensalidade da escola dos filhos, do inglês, os gastos da casa da praia, do sítio, a mensalidade da academia, a prestação e manutenção do carro de uso pessoal, a fatura do cartão de crédito pessoal, o plano de saúde familiar e até aquele consórcio para investimento que está pago junto aos gastos do CNPJ, não é gasto operacional da empresa, é gasto do seu CPF, ou seja, pessoal, classificado como pró-labore e participação nos lucros!

Neste momento, para exemplificar, me vem à cabeça uma experiência que todos com certeza, já passamos. Na segunda-feira, colocamos um valor em espécie na carteira. Fica lá, nos espiando a todo o momento. Algumas vezes até nos chamando, mas resistimos. Na terça-feira já começamos a nos acostumar com aquela ou aquelas notinhas e continuamos nossa rotina e nossos dias frenéticos. Vamos usufruindo das facilidades, dos lanches rápidos, daquela comprinha na loja de conveniência, no restaurante. Então, chegamos ao final de semana e ai sim, gastamos um valor um pouco mais considerável, no momento de lazer, e isto, muito merecido. Então olhamos pra carteira no domingo e lembramos dos gastos realizados no final de semana, mas, onde gastamos o restante? Lembramos de um e outro, mas onde foi todo o valor? Quem nunca?!

É desta forma que grande parte de nós, gere o caixa da oficina. Uma certeira aberta, sem registro, sem controle, sem limite de gastos. Muitas e muitas vezes, despercebido na rotina pessoal e familiar. Se esta leitura fez sentido, te fez refletir, te convido a construir uma nova realidade! Vamos assumir o controle sobre a retirada pessoal e familiar na sua oficina? Vamos buscar a nossa melhor versão?

Karine Quinjalmo

Mentora e Consultora Empresarial

Especialista em processos e custos na reparação automotiva

Mãe do Enzo

Diretora da Oficina Mais Sistemas de Gestão

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